| por Gustavo Romero |
Em funcionamento há pouco menos de 40 anos, o Restaurante Yemanjá é, provavelmente, o mais famoso e tradicional restaurante de comida típica em Salvador. Parada obrigatória para turistas e apreciadores da culinária baiana, ganhou inúmeros prêmios por sua gastronomia. No entanto, ultimamente ouvimos algumas pessoas se queixando não só dos pratos servidos pela casa como também do atendimento e, assim, achamos que valia à pena fazer uma visita ao local!
Localização e estacionamento
Desde 1974 o Yemanjá funciona no Jardim Armação, entre o Aeroclube e a
Rincão Grill, com uma belíssima vista do mar. Os clientes não encontram dificuldades para estacionar: a casa conta com estacionamento amplo e gratuito.
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A fachada do Restaurante Yemanjá (foto: Google Street View) |
Ambiente e atendimento
No decorrer de sua história, o restaurante passou por algumas reformas e, atualmente, conta com 3 salões, uma varanda e uma sala de espera. Ficamos no salão principal, cuja decoração, com o predomínio das cores azul e branca, é inspirada, segundo informações do site, no interior das antigas cabanas de pescadores. É bem amplo e iluminado e conta, ainda, com uma estátua iluminada da rainha do mar.
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O ambiente do Restaurante Yemanjá (entrada) |
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O salão principal do Restaurante Yemanjá |
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Um painel no salão principal do Restaurante Yemanjá |
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Detalhe da estátua de Yemanjá no Restaurante Yemanjá |
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Parte da sala de espera do Restaurante Yemanjá |
As atendentes, sempre caracterizadas com as vestimentas das tradicionais baianas, nos atenderem muito bem. Foram gentis, ágeis e discretas, características que, para nós, definem o atendimento próximo do ideal.
Comida e bebida
A especialidade da casa são os Frutos do Mar. Os clientes até poderão encontrar Saladas e alguns pratos de Carnes e Aves no cardápio, mas visitar o Yemanjá e mastigar um Filé Mignon com Batata Frita beira o absurdo. Concentre-se no que há de melhor: pratos de Camarões e Peixes, Moquecas e Ensopados, com ênfase nestes dois últimos.
Na minha infância, a Casquinha de Siri era uma entrada quase que obrigatória quando visitávamos o local, mas, desta vez, como estávamos em apenas duas pessoas e sabemos que as porções são bem servidas, avaliamos que seria conveniente pular esta etapa. Foi difícil fazer a escolha do que iríamos mastigar, mas acabamos optando pela Moqueca de Camarão com Castanhas, prato que vem acompanhado de Arroz, Farofa e Pirão.
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A Moqueca de Camarão com Castanhas do Restaurante Yemanjá |
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Os acompanhamentos (Arroz, Farofa e Pirão) da Moqueca de Camarão com Castanhas do Restaurante Yemanjá |
O tempo de espera foi curto e logo recebemos o tacho de cerâmica com a Moqueca borbulhando de quente e bastante perfumada! Quando começamos a mastigar, tivemos a certeza de que fizemos uma escolha mais do que acertada. A Moqueca estava simplesmente espetacular! Contou com boa quantidade de Camarões e as Castanhas contribuíram com um toque muito especial. O Pirão, muito bem temperado, arrancou suspiros! Superou, sem dúvidas, as nossas melhores expectativas!
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Prato com a Moqueca de Camarão com Castanhas e seus acompanhamentos do Restaurante Yemanjá |
Já não havia mais espaço para as Sobremeses, que insistiam em tentar nos seduzir, passeando pelo salão em um "carrinho de tentações". Fomos fortes e resistimos!
Se você gosta de Vinhos, o local conta com uma carta com mais de 100 rótulos.
Preço
O momento "menos agradável" de uma visita ao Yemanjá começa na hora de pagar a conta. A sensação é que a casa trabalha com preços "para turistas". Se tivéssemos pedido a Casquinha de Siri, teríamos pago R$ 16,50. Pela Moqueca, pagamos R$ 79,90 (R$ 55,90 na versão individual) e este, nem de longe é o prato mais caro da casa (escolha uma Moqueca de Lagosta e pague R$ 182,80). Os Vinhos? Nem gosto de imaginar. Ainda bem que nós não bebemos álcool.
Em resumo, uma Moqueca, dois refrigerantes em garrafa e os 10% saíram por R$ 96,47. Salgadinho, não?
Conclusão
Os críticos que nos perdoem, mas a nossa visita ao Yemanjá foi espetacular. Gostamos de (quase) tudo: Ambiente, atendimento e, sobretudo, do que mastigamos. Os preços inibem visitas frequentes, mas nada neste mundo é perfeito, não é verdade? :)
Serviço
Restaurante Yemanjá
Av. Otávio Mangabeira, 4661 (ver
mapa)
Jardim Armação
(71) 3461-9010
Quando adolescente eu era, juntamente com minha mãe, frequentadora assídua deste restaurante. Considerávamos a melhor moqueca de Salvador. Há poucos anos atrás voltamos lá e ficamos bastante decepcionadas, em primeiro lugar com o preço (realmente pra turista) e depois a moqueca já não era a mesma. Hoje eu prefiro ir ao Ki-Mukeka que tem uma moqueca ótima, com um pouco mais de acompanhamento e um precinho um pouquinho melhor. Maaass, uma hora volto no Iemanjá pra rever minha opinião... Rssss
ResponderExcluirLua F., pois é, realmente recebemos algumas queixas de amigos e colegas sobre a qualidade do Yemanjá. Mas, felizmente, essa Moqueca estava divina! Se der uma nova chance ao local, não deixe de nos contar como foi!
ExcluirCom minha alergia,filé com batata é o que eu sempre comi por lá e devo comer. :( Mas sim,a moqueca dá água na boca até pra mim,só de sentir o cheiro e ver fumegando.
ResponderExcluirMeninos,estive no Caminho de Casa ontem para o café da manhã e lembrei de vocês. 17,90 para comer á vontade de 8h30 até 11h. Até pudim tem! O único defeito que eu vi foi meu estômago,pequeno. rsrs Se tiverem condiçõe$,é um bom lugar para o VAPMDV!
♥
Yasmin Montanari, se for para mastigar Filé com Batata, melhor ir a outro restaurante! :)
ExcluirGustavo, realmente a moqueca do Yemanjá é muito boa. Considero uma das melhores de Salvador. Há uns meses atrás considerava a melhor. Porém...
ResponderExcluirPosso fazer uma sugestão aqui ou tem um local específico pra isso? Abs!
Rodolfo B. Ribeiro, pode fazer a sugestão aqui mesmo ou então usar o nosso Formulário de Contato! Obrigado!
ExcluirNa Pituba existe um bar/restaurante chamado Sal Marinho, funciona exatamente onde era o Ao Leo. Como moro perto, sou frequentador assíduo. Um dia resolvi provar a moqueca de camarão de lá e é extremamente saborosa. Sempre tive um preconceito com "almoço de bar", mas revi meus conceitos. A moqueca de lá é tão boa quanto ao do Yemanjá e hoje tenho minhas dúvidas sobre qual é a melhor. Vale muito à pena provar. Fica como sugestão. Abs!
ExcluirRodolfo B. Ribeiro, obrigado pela dica! Já está anotada!
ExcluirRecomendo o Donana! A melhor moqueca de Salvador com uns preços bem honestos ;)
ResponderExcluirNanda, nós já estivemos no Donana, mas, na ocasião, provamos apenas os petiscos... Essa é uma ótima sugestão para um Vale à pena mastigar de novo! [VAPMDN]! Obrigado!
ExcluirEu prefiro o Ki-Muqueca ao Iemanjá... Acho a quantidade de leite de côco muito exagerada nos pratos... E o Ki-MUqueca tem porções mais bem servidas, preços menores,...
ResponderExcluirAbçs, Fabi
Fabi Multifuncional, já estamos convencidos! Precisamos fazer uma visita ao Ki-Mukeka!
ExcluirOpa! Não falei? ;)
ResponderExcluirLua F., verdade!
ExcluirOi pessoal, morei em Salvador 5 anos, casei com uma Bahiana, tenho filho Bahiano, moro fora do Brasil e todas minhas tentativas de moquecas foram fracassadas. Fica com um caldo ralo. O que engrossa o caldo? Alguém tem uma receita do mesmo nível do Ki-muqueca, Yemanjá, etc?
ResponderExcluirSandro Martins, infelizmente a nossa especialidade é mastigar, não cozinhar... Vamos falar com alguns cozinheiros de mão cheia que conhecemos para ver se descobrimos o mistério!
ExcluirSandro Martins, fizemos a consulta a alguns amigos, e a resposta mais completa que conseguimos foi dada pela Queila Vasconcelos, do blog Gourmet e Gourmand.
ExcluirEla disse que também tinha esta dúvida, e viu a dica no programa da GNT, sobre a receita de moqueca de jacaré da Chef Flávia Quaresma.
O segredo "é fazer um pré caldo básico refogando no azeite de oliva: alho, cebola, pimentão de sua preferência (se for usar o verde não usar muito, pois amarga depois), tomate, alguns camarões secos ou o pó de camarão seco. Depois coloca um pouco de caldo de peixe e um pouco de leite de coco. Deixa cozinhar até que os legumes fiquem macios. Acertar o sal e desligar o fogo. Acrescentar um pouco de azeite de dendê, misturar e esperar amornar. Colocar tudo no liquidificador para bater bem batido. Coar esse caldo e usar na moqueca". Ela fez o teste e o caldo saiu "grossinho e muito bom"! :)
Queila ainda prossegue: "claro que depois a moqueca deve ser incrementada como fazemos de costume. Pode até colocar mais leite de coco e camarões secos. Também deve ser acrescentado mais azeite de dendê no final, depois que o peixe já estiver cozido. O que nunca deve ser feito é ferver o azeite de dendê (extraído a frio) por mais que um ou dois minutos, pois ele se torna nocivo a saúde. É como se fervesse o azeite de oliva extra virgem. Se preferir pode até deixá-lo de fora na preparação do caldo básico!"
Deixamos aqui o nosso agradecimento à Queila por ter se disposto a compartilhar este truque!
valeu Gustavo! Interessante que o Rodolfo falou do bar onde era o Ao Leo. Que pena que o Ao Leo fechou porque tinha um escondidinho de carne de fumero de matar. Minha sogra mora quase que ao lado de onde ficava o Ao Leo. Minha esposa, cunhado, cunhada se criaram ali.
ResponderExcluirSandro Martins, não fique triste... No lugar do Ao Leo foi aberto um restaurante muito bacana, o Sal Marinho. Confira a resenha: http://www.mastigandoemsalvador.com.br/2013/07/sal-marinho-restaurantbar-rr.html. Abraço!
ExcluirLocal mto falado mas minha experiência foi uma decepção. O atendimento foi péssimo. A moqueca fazia vergonha. O camarão parecia aquele de recheio de empadinha. O caldo ralo. Além de td achei a casa velha e mal conservada p um lugar q recebe tantos turistas. Não gostei.
ResponderExcluirKatia freitas, uma pena. Nós ficamos bastante satisfeitos!
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